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Análise tática: Campinense x Treze

Um jogo sem muito brilho técnico, com um empate que afirma um certo poder de reação do Campinense e ajuda a não maquiar certas limitações das duas equipes

Postado em 02/03/2015 às 21:04

(Foto: Adriano Dantas)
Com a volta das torcidas lado a lado, o Clássico dos Maiorais não foi um primor técnico e tático, mas demonstrou a mesma emoção de sempre. 

O primeiro tempo começou movimentado com as duas equipes procurando seu espaço no jogo. O Treze, do técnico Éverton Goiano, entrava em campo mais motivado graças à vitória em cima do Botafogo/PB, em João Pessoa. Já o Campinense, de Francisco Diá, vinha com pressão devido à longa sequência de resultados adversos. 

Tentando afastar a pressão, Diá tentou surpreender a equipe rival no primeiro tempo. Com um esquema bastante variante e com movimentação confusa, o técnico raposeiro abria mão de um atacante de área para apostar em profundidade, jogadas pelos flancos e aproximação dos homens de traz. Sem sucesso. 

O Campinense se distribuía (ou tentava) em campo, em um 3-1-4-2, com Sandrinho e Felipe Alves encostados mais na frente, abrindo o corredor, principalmente para os alas. Todavia, esbarrava na boa marcação do Treze no meio campo. 

A equipe alvinegra complicava a vida da Raposa com um 4-3-1-2, se compactando à uma distância de 20 metros e fechando bem a principal via de desafogo do Campinense: as laterais. 

Flagra da compactação em duas linhas de quatro do Treze. Zotti e Magno abriam pelos lados, enquanto Edimar e Júnior Gaúcho fechavam pelo meio.
Com volume de jogo inócuo em boa parte da primeira etapa, o time rubro-negro sofria com a distância entra os blocos e com a lentidão na saída de bola, encarregada por Negretti à frente dos três zagueiros. 

Com inteligência, o Treze soube aproveitar a lentidão do Campinense, e começou a apostar na velocidade pelos lados, com Téssio apoiando bem no lado esquerdo, e Marcelo Maciel fazendo boas diagonais curtas entre o bloco médio e o ataque. 

Tendo a receita para pressionar o rival, a equipe de Éverton Goiano não demorou muito para abrir o placar. Após cruzamento de Téssio, na esquerda, Marcelo Maciel aproveitou a falha da defesa do Campinense e fez o primeiro do Treze e do jogo. 

No lance do primeiro gol do Treze, nota-se a compactação do Campinense. Uma linha de quatro à frente de Negretti e os três zagueiros mais atrás. Detalhe para o espaço que Michel e Negretti cederam à Téssio e Marcelo Maciel, respectivamente. 
Com o gol sofrido, o Campinense tentou se lançar ao ataque mas não obteve sucesso. O Treze seguiu pressionando na base da velocidade até o final do primeiro tempo.

Inicio de clássico equilibrado, mas que o Treze foi mais competente. O time alvinegro se espalhava em um 4-3-1-2 e o Rubro-Negro em um 3-1-4-2. 
Para a segunda etapa, Francisco Diá tentou corrigir os erros da sua equipe na primeira etapa sacando Leandro Santos e Jefferson Recife, para lançar Reginaldo Jr e Alvinho, respectivamente. O técnico raposeiro não só mudou a postura do time, como também seu desenho tático. 

Abrindo Felipe Alves na esquerda, Alvinho na direita e Reginaldo no centro, o Campinense se abriu em um 3-3-1-3 de maior ímpeto na segunda etapa, e impondo pressão ao adversário, principalmente em jogadas pelo lado direito.

A Raposa mantinha a proposta de movimentação com intensas trocas de posicionamento entre os homens do bloco ofensivo, mas ainda pecava na finalização. 

Flagra da movimentação ofensiva do Campinense no segundo tempo. Neto e Luiz Fernando se aproximavam, enquanto Sandrinho afunilava entre os 3 atacantes. 
Melhor em campo, o Campinense não só conseguiu empatar, como virou o jogo em diferença mínima de tempo entre os gols. O primeiro saiu em bate-rebate na zaga adversária, e a bola sobrou para Reginaldo Junior colocar no ângulo do goleiro Paulo Musse. Já o segundo, Alvinho abriu o jogo pela direita e cruzou para Felipe Alves se antecipar e finalizar de letra. 

Com o resultado a favor, Francisco Diá ainda lançou Gabriel Pimba na vaga de Felipe Alves, para aumentar o poder defensivo no meio campo, mas sem abdicar da válvula de escape pela esquerda. 

Já o Treze, com o resultado contra, se lançou de vez ao ataque até conseguir empatar. A equipe rival conseguiu seu gol após cruzamento na área, e uma nova falha da defesa do Campinense deixar o zagueiro Alisson balançar as redes, para empatar mais uma vez o clássico. 

Distribuição das duas equipes na segunda etapa. Campinense aberto em um 3-3-1-3, e o Treze abrindo mais em um 4-2-2-2. 
O empate foi justo pelo que foi apresentado. Por mais que tenha sido um jogo fraco tecnicamente, as duas equipes tiveram uma vontade imensa dentro de campo.

O resultado igual também ajuda a frisar que as duas equipes ainda não estão 100% prontas, e precisam de reforços pontuais em algumas posições mais carentes. 

Com isso, pode-se dizer que o Clássico dos Maiorais retomou seu brilho a partir desse jogo. 

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