Mais lidas

Compartilhe!

Compartilhe!

Análise tática: No jogo das confusões, o Botafogo consegue parar o Campinense com obediência tática

Postado em 29/05/2015 às 19:31

Foto: Samy Oliveira/Papo Gol

Se o futebol moderno é versatilidade e adaptação ao tipo de adversário e o que o jogo se pede, Roberto Fonseca já chegou tentando implementar isso ao Botafogo.

Contra o embalado Campinense, o time da capital teria a missão de fazer o que ninguém tinha conseguido: anular a proposta de jogo do time de Francisco Diá, que, por mais conhecida que seja, nenhum time na Paraíba conseguiu deter.

Sabendo que, na teoria, o rival de Campina Grande entra em um 4-3-1-2 e que um desses três volantes recua para a progressão dos laterais e variar para o 3-4-1-2, o comandante botafoguense aproveitou as falhas que a variação proporcionava ao adversário.

O padrão de jogo implementado por Diá dificulta compactar linhas e marcar por zona. O sistema foi criado para fazer encaixe, ao menos na última linha de defesa. E como também a maioria dos times agora têm um ou três atacantes, vai faltar ou sobrar espaço demais na retaguarda. 

Com isso, o 4-1-4-1 do Botafogo buscava fechar o meio campo com Guto e Nata, e os lados com Doda e João Paulo abertos. Zaquel mais atrás na cabeça da área para executar a contenção.

No frame, o flagra do 4-1-4-1 do Botafogo e o losango no meio campo do Campinense que se desmontava para a variação tática. 
Sem o controle do meio campo, o Campinense apostava na velocidade de Reginaldo Júnior e Felipe Alves. A maioria das chances dos atacantes foi resultado de enfiadas de bola na última linha de quatro adversária que marcava em linha.

Mas o Botafogo aproveitou a velocidade de João Paulo em contra-ataque e marcou o primeiro gol do jogo aos oito minutos.

Precisando do empate e com Luiz Fernando encaixotado na marcação de Zaquel, o time de Diá tentava como Jefferson Recife e as aproximações de Neto. Conseguiu o empate após pênalti em Felipe Alves e que o mesmo bateu no final do primeiro tempo. 

Compactação rápida, movimentação e ímpeto no 4-1-4-1 do Botafogo. O Campinense sem criatividade em campo.
O contexto para o segundo tempo parecia ser aquilo que o time de Francisco Diá queria. Adversário precisando do resultado e abrindo as brechas para a velocidade de seu time.

Pelo contrário. O Botafogo saiu mais para o jogo, mas manteve o bom nível defensivo. Tentou encaixar contra-ataques rápidos mas o cansaço pesou. Com isso, Lucas Mendes, André Cassaco e Juninho entraram nas vagas de Gustavo, Nata e João Paulo, respectivamente. O 4-3-3 foi estabelecido e boas chances foram criadas para o segundo gol da equipe de João Pessoa.

Ainda sem criatividade no meio, as substituições não surtiram efeito no Campinense. Diá lançou Renatinho, Túlio Renan e Leandro Sobral nas vagas de Luiz Fernando, Felipe Alves e Neto, respectivamente. Nenhuma mudou a cara do jogo.

A raposa seguia apática. Túlio Renan não conseguiu impor a velocidade necessária no lado direito e Renatinho não conseguiu criar o que se esperava dele. O time rubro-negro só teve mais uma chance real de gol, com Negretti que chegou atrasado na bola. 

O Campinense, após as mudanças, voltou ao losango no meio mas não conseguiu trazer tanto perigo. O Botafogo mudou o desenho tático.
O resultado mantém os pés do Campinense no chão e abrem os olhos de seu comandante para variar a forma do time jogar. O jogo na casa do Botafogo será complicado, ainda mais com um técnico inteligente como Roberto Fonseca. 





Nenhum comentário:

Postar um comentário

O Blog do Campinense não tem qualquer vínculo com o site oficial do Campinense Clube.

Em postagens antigas, é possível haver erros de português e digitação. Pedimos desculpas, mas não tem como corrigir tantas postagens. Caso você perceba algum, por favor comente e corrigiremos o mais rápido possível.
Traduzido Por: Mais Template - Designed: Blogger Templates - Curioso Curiosidades